sábado, 16 de maio de 2009

Orientações para a próxima semana e sugestão de seqüência

Diante da nossa ótima apresentação na última quinta, nosso trabalho para semana que vem ficou bem tranqüilo. Na verdade o que o Lissovsky quer para a próxima aula é que formalizemos nossa apresentação de antes de ontem – algo que a Karin, inclusive já adiantou o suficiente (parabéns, Karin). O próprio Lissovsky disse que para alguns grupos o trabalho seria bem tranqüilo porque seria uma repetição do trabalho anterior. A questão é realizar uma nota de intenção, pelo que entendi, em que devemos definir e organizar – dentre outras coisas – o personagem-principal, os personagens-secundários, o resumo da série, as locações principais, situações típicas, tempo de duração, gênero, público-alvo e o título provisório (através do qual, segundo ele, será possível identificar os grupos).

Lembrando que nossa apresentação foi recebida com um certo entusiasmo por parte do Lissovsky – diferente da de outros grupos – e, após a aula, ele comentou comigo, Leandro e Karin que acha a idéia muito interessante por ser algo que realmente funciona para seriado (repetindo o que disse durante a apresentação). Temos uma estrutura simples capaz de gerar idéias ricas para os episódios e o desenrolar das temporadas, diferente de alguns grupos que buscam criar situações muito conceituais a troco de nada. (Lembrando que em um dos grupos ele chegou a perguntar de que forma eles iriam estruturar as situações da personagem principal deles de forma que constituísse um seriado e não uma novela).

Outra coisa importante é a gente confirmar se haverá o Santa Teresa Tour no domingo próximo (17/05). Acho que seria interessante até para podermos ter uma idéia de ambientação para escrever o roteiro – ainda mais que as principais ações se passam dentro do hostel.

Leandro, Karin e eu (o burro na frente, já dizia o professor Girafales e, sim, Chaves é um seriado, está no almanaque dos seriados) discutimos ontem diante da CPM, uma vez que não tem mais cerveja no sujinho, sobre o futuro do projeto. Torna-se necessário que cheguemos à conclusão sobre as incumbências de cada integrante do grupo. Dessa forma é interessante saber quem se interessa pela montagem do roteiro, do argumento, da pesquisa de figurino, locação, personagens, etc. para que no final do período possamos ter um projeto organizado e digno de nota 10.0 (e acreditem, isso é possível!!!). Quanto ao título provisório Casa de Vó – temos que, em breve e quanto mais rápido melhor, definir o título definitivo do projeto.

Uma última informação: estou com cinco sequencias para o roteiro na cabeça. Já escrevi a primeira com duas páginas. Acho que para dar continuidade a ela, preciso conhecer casinhas de Santa Teresa para ter uma ideia de como será a Casa de Vó. Vou fazer um resuminho dessas seqüências para ver o que vocês acham, mas se quiserem conferir a seqüência um, por favor, continuem descendo a barra do seu browser e comentem (montei a seqüência baseada no que a Bruna escreveu).


SEQ. 1 – Encontro Maria-Luiz


EXT. RUA DA PENSÃO - DIA


Um micro-ônibus se aproxima de LUIZ FERNANDO, um jovem que está sentado com algumas bolsas e malas em volta de si e encostado em um muro com a cabeça entre as pernas. O veículo para um pouco antes de cruzar com o rapaz. Da porta de trás, sai MARIA CÂNDIDA, vestindo uma roupa leve e envolta por várias bolsas e malas. A menina se dirige ao primo, deixando cair no percurso algumas bolsas. Já o rapaz, ao avistar a prima saindo do ônibus levanta-se para cumprimentá-la.


MARIA CÂNDIDA

(dirigindo-se ao primo e beijando-o)

Meu priminho querido, te fiz esperar muito?


LUIZ FERNANDO

Esperar? Esse nem é o problema, criatura. (dá um beijo na prima) O problema é essa rua que mais parece um campo minado.


MARIA CÂNDIDA

(enquanto o ônibus deixa o local)

Por quê? Não me diz que tem tiroteio?


LUIZ FERNANDO

Que tiroteio, mulé! Mó paranóia de quem chega no Rio. Para com isso.


MARIA CÂNDIDA

Qual o problema então?


LUIZ FERNANDO

Tem um monte de velha mal amada andando com cachorro por todos os lados! E velhas porcas! Deixam coco pra tudo que é canto. Passaram umas três aqui desde que cheguei.


MARIA CÂNDIDA

Não me diz que chegou há muito tempo?


LUIZ FERNANDO

Na hora que tu marcou... (olha para o relógio) há vinte minutos.


MARIA CÂNDIDA

(pegando as bolsas que deixou cair)

Ai! Desculpa. O caminho da rodoviária até aqui nem demorou. O problema foi a demora para chegar na tal rodoviária.


LUIZ FERNANDO

(ajudando a prima a carregar as bolsas)

Ta tranqüilo. Curtiu a viagem?


MARIA CÂNDIDA

Cansativa. Muito cansativa e eu to morrendo de fome.


LUIZ FERNANDO

Vamos deixar as coisas aí dentro que eu vi uma pensão maneiríssima vindo para cá.


Os dois jovens, então, carregando, cada um, um conjunto de malas e bolsas, dirigem-se a um portão que separa a rua de um pequeno jardim cuja constituição inclui uma passagem direta à porta de entrada de uma casa de dois andares.

2 comentários:

  1. A sequencia seguinte será com eles dois dentro da casa, deixando as malas e vendo objetos da avó que geram um certo ar nostálgico. A partir daí eles poderão ter discussões sobre questões famíliares onde teremos uma ideia inicial da relação deles com a familia e como será possivel existir uma relação de cumplicidade entre os dois. Entretanto so me sinto a vontade em escrever essa sequencia após observar modelos de casa que possam servir como a casa do seriado. Até porque é interessante que essa sequencia seja uma apresentação do ambiente principal do seriado.

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  2. Encontro em Santa Teresa ... por mim pode ser!Que horas amanhã?

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